segunda-feira, 9 de maio de 2011

Uma pessoa deixa uma lembrança.


Uma pessoa deixa uma lembrança. E a lembrança age dentro de nós como uma pessoa. (José Moura Gonçalves Filho. Memória e sociedade. Revista do Arquivo Municipal, São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, v. 200, p. 16-63, 1991). Ivone Goulart Lopes

Neste dia 9, mês de maio de 2011, recordamos com saudade, lembramos com carinho e ternura da nossa querida Ir. Maria de Lima no sétimo dia de falecimento.
Ela foi para junto de Deus, morreu carregada de dias e cheia de graça, sabedoria e santidade, foi perfume de sândalo, pelos caminhos da vida, na convivência com o outro.
Sabemos que ela está intercedendo por nós junto ao Senhor Jesus Cristo e a nossa Mãe Maria. Ela deve estar muito alegre como sempre foi: uma pessoa da qual era “gostoso”, “doce”, estar perto, conversar, ouvir, rir! Ela nos transportava para o passado com sua maravilhosa memória, mas nos levava ao futuro com sua “abertura de mente” e de coração.
Ir. Maria, a mulher culta, que na leitura reencontrava a palavra na sua experiência de origem, e na escrita ela nos deixou registrada a história da nossa presença em Mato Grosso. Quem lê ressuscita do túmulo da escrita o rítmo, o sopro, a vida latente da alma que aí jaz adormecida, Maria fez isso!.
Alguem disse que a conduta do ‘monge’ deve ser transparente como o gelo ou o cristal. Não deve procurar nem fama, nem a riqueza. Deve livrar-se de todas as imperfeições possíveis. Não tem outro caminho a seguir senão o de prosseguir e perguntar. Que aprenda de corpo e alma a percorrer as montanhas e vadear os rios. Ir. Maria foi a personificação da pobreza, recordo de “seus dois ou tres conjuntos de roupa”, tinha pouca coisa de sua, quando mudava era uma ‘malinha’ que levava, desapegada de tudo.
Sua alegria de servir: Toda a natureza é um serviço: serve a nuvem, o vento, a chuva. Onde haja uma árvore para plantar, plante-a você. Limeira estava sempre pronta a ajudar quem estudava, quem pesquisava, eu sou prova disso. Como ela me ajudou! lendo e fazendo resumos, dando dicas de livros e temas que precisava olhar, “onde estava tal coisa”… Na ultima vez que estivemos juntas ela ainda me levou uma folha com um sumário que para ela eu devia seguir nesta pesquisa sobre as escolas nomais.
Renovar não é mudar o aro e conservar a mesma lente. Renovar não é virar as costas ao passado. Renovar não é olhar para o futuro, continuando a namorar o passado…Maria foi uma mulher renovada, nova!
O sábio não é erudito. O erudito não é sábio. Aquele que é chamado não acumula bens. Quanto mais para os outros faz, tanto mais possui. Quanto mais dá aos outros, tanto mais tem. Obrigada Maria por der me dado tanto com generosidade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário